Sucesso no Brasil, turnê “Encontro”, dos Titãs, confirma dois shows nos Estados Unidos
Anunciada em novembro de 2022, a turnê “Titãs Encontro: Todos ao mesmo tempo agora” tem lotado arenas por todo o Brasil. Começou pelo Rio de Janeiro em abril e terminaria dia 30 de junho, em Ribeirão Preto (SP), o giro nacional e teria mais um show em novembro, em Lisboa, Portugal. Porém, a tour acaba de ganhar duas novas datas nos Estados Unidos. Os Titãs se apresentarão no dia 3 de outubro no Hard Rock Live de Hollywood, na Flórida, e dia 6 de outubro no tradicionalíssimo Radio City Music Hall, em Nova York, com produção da Move Concerts, Loud & Live, 30e e Bonus Track Entretenimento.
Mas a reunião de Arnaldo Antunes, Branco Mello, Charles Gavin, Nando Reis, Paulo Miklos, Sérgio Britto e Tony Bellotto deve ter seu ápice em casa. A turnê chega ao Allianz Parque, em São Paulo, nos dias 16 e 17 de junho, já com ingressos esgotados, e 18 de junho, para o qual restam poucas entradas.
Na coletiva de imprensa de lançamento da turnê, comandada por Sarah Oliveira, o Titã Arnaldo Antunes, que ficou na banda de 82 a 92 e voltou em encontros pontuais (“Acústico MTV”, Turnê Paralamas e Titãs e show dos 30 anos) disse que o momento é de alegria.
“Mais do que 40 anos de banda tem mais anos ainda de amizade que é o que vem à tona quando a gente se encontra. Além do reencontro de nós todos a gente vai estar celebrando um reencontro nosso com um período muito fértil, bem feliz da nossa juventude e poder compartilhar isso com o público é uma oportunidade muito feliz.”
Tony Bellotto destacou como a banda conseguiu deixar a sua marca, como um monumento que está sempre ali, sofrendo as variações do tempo e pode sempre surpreender.
“Eu acho que a gente criou um tipo de música que se perpetuou, e mesmo com as saídas, com as saídas, com as transformações, quando os membros que não estão mais na banda, quando eles fazem um trabalho solo eu sempre tô enxergando ali aquela música que a gente criou junto. Faz todo sentido essa celebração.”
Paulo Miklos lembrou que durante muito tempo, após sua saída dos Titãs, quando dava entrevistas sobre algum outro trabalho na carreira solo, continuava falando no plural: “nós”, “a gente” e que agora está muito feliz por estar novamente usando esses pronomes e comentou sobre como o coletivo sempre prevaleceu na banda.
“O bom senso sempre norteou as coisas que a gente fez acima de uma coisa pessoal tua.”
Sobre o repertório, Sérgio Britto disse:
“A gente apostou no óbvio, que é selecionar os maiores sucessos da época em que estivemos todos juntos, com algumas pequenas exceções. Tem músicas que são muito importantes na nossa história que não são exatamente grandes sucessos”.
Charles Gavin falou sobre como a “escola” dos Titãs foi importante em toda a produção deles.
“Nós todos aqui, mesmo aqueles que estudaram juntos, que é o caso meu e de Tony, a gente não é do Equipe, mas a gente frequentava o colégio Equipe, de alguma forma, nós tivemos uma formação musical e cultural extraordinária. Nós tivemos os melhores professores possíveis. Alguns deles estão fazendo 80 anos neste ano, que é o caso do Milton que se despediu dos palcos, e outros professores e professoras que já se foram, Gal por exemplo, Bob Marley, David Bowie, todos professores”.
Antes do início da turnê, Nando Reis era o único que ainda não havia chegado aos 60, e pode comemorar a data, em janeiro, com seus grandes amigos, nos ensaios para a turnê, que começou a ser pensada durante a pandemia, quando eles voltaram a estreitar os laços. Para Nando, a pandemia foi um momento de suspensão e as coisas essenciais foram tomando outros significados, tomando seus devidos lugares.
“Os Titãs são parte estrutural da minha vida, não profissional, mas antes de ser profissional tem a relação de amizade, eu chegaria a dizer não só o profissional nessa compreensão do que é o mundo nessa relação de amizade. Eu fui membro fundador, fui, sempre serei e sou fã, inclusive depois da saída da banda”. Nando Reis.
UMA AUSÊNCIA
Branco Mello vai recuperando a voz aos poucos, depois da retirada de um tumor na hipofaringe. Tony Bellotto afirmou que a cura de Branco também deve ser celebrada. O músico lembrou ainda da pior tragédia que já enfrentaram, que foi a morte do guitarrista Marcelo Fromer, atropelado em 13 de junho de 2001.
A banda convidou a cantora Alice Fromer, filha de Marcelo, para estar no palco com eles na turnê, assim como um colaborador de longa data da banda, o músico, compositor e produtor Liminha.
“Sempre quando a gente senta junto fica um buraco”, disse Bellotto sobre Fromer.
Para Britto, ele era a cola entre os integrantes, podia ser o melhor ou pior amigo de cada um, o mais inteligente emocionalmente. “Esse show é dedicado ao Marcelo, que está presente em tudo que a gente faz junto”.
Confira aqui as datas e mais informações sobre vendas de ingressos para a turnê “Titãs Encontro”.
Veja como foi a passagem mais recente dos Titãs por Uberlândia nesta reportagem.