Loading…

Saiba quem são os vencedores da primeira CCXP Awards, entregue na noite de sexta-feira

O filme “A Última Floresta” levou o prêmio de melhor direção e ganhou o Grand Prix (Divulgação)

A Sala São Paulo recebeu nesta sexta-feira (15) a primeira edição do CCXP Awards. A premiação da maior comic con do mundo chega com ares de que vai fazer muito barulho a ponto de se transformar na maior premiação do entretenimento brasileiro. 

Ao todo, foram 32 vencedores em 6 categorias: Filmes, Séries, Quadrinhos, Literatura, Games & eSports e Creators (confira lista abaixo). A banda gaúcha Fresno e o rapper Rashid fizeram breves apresentações musicais, mas o destaque nesse quesito ficou para a Orquestra Santa Marcelina, que além de conduzir muito bem as entradas e saídas dos premiados ainda apresentou uma bela homenagem ao filme “E.T. – O Extraterrestre”.

A noite de gala contou com apresentação de Tiago Leifert e os premiados levaram para casa a estatueta Glória, que traz em si a força dos dragões.

Alguns vencedores foram anunciados durante o pré-show e tapete vermelho.

Veja ou reveja a cerimônia completa (YouTube)

O primeiro prêmio entregue no palco do CCXP Awards foi na categoria melhor literatura de ficção, que ficou com Jim Anotsu por seu “O Serviço de Entregas Monstruosas”. Ele fez um discurso emocionado, pautado na superação. 

Não tava esperando, perdi o bolão, nunca imaginei que iria chegar nisso. Tá difícil. Nunca imaginei, quando eu estava comendo restos de comida dos outros na faculdade, que eu estaria aqui. Como diz meu amigo Lewis Hamilton, isso é para quem sonha o impossível

Jim Anotsu

Que bom que Christian Medeiros conseguiu sair mais cedo do trabalho. Ele foi o segundo premiado no palco da CCXP Awards por seu trabalho em “Sintonia”, da Netflix. Em seguida, Liniker recordou o dia em que saiu de Araraquara, no interior de São Paulo, para investir na carreira de atriz e agradeceu a todos que valorizam e incentivam a diversidade na tela.

Significa muito também uma pessoa trans dentro da dramaturgia e do audiovisual brasileiro ter um lugar de representação que não seja só diminutivo e que não seja só de escracho

Liniker

Nas categorias coletivas, as primeiras premiadas foram “Succession”, da HBO e “Sob Pressão”, da Globoplay.

Melhor streamer feminina ficou com Sher Machado. Na categoria Streamer Masculino o prêmio foi para Casimiro, que não pôde comparecer à premiação. “Ainda vamos descobrir que ele é uma Inteligência Artificial da Amazon”, brincou o apresentador Tiago Leifert.

Na categoria Melhor Podcast venceu “Mano a Mano” e melhor Mesacast foi para PODPAH. 

A categoria Quadrinhos trouxe discursos lindos para o palco da CCXP Awards. Premiado por na categoria Melhor Álbum em Quadrinhos por “Brega Story”, Giadati Jr. disse:

Esse livro fala de abuso moral e sexual. Eu comecei a conhecer ainda mais a Amazônia, venho navegando por ali e quando se passa pelo rio Maroni a Amazônia é muito linda, mas é uma região que tem os piores índices IDH do país, os piores índices da educação. E nós, artistas, temos que reverter essa situação. E peço para que esta indústria dê mais espaço para os artistas do norte

Giadati Jr.

“Arlindo”, de Ilustra Lu (Luiza Souza) foi eleito o Melhor Quadrinho.  “Arlindo é uma carta de amor pra quem a gente foi, pra quem a gente é e pra quem a gente ama.”

Eleito o Melhor Quadrinista por “Escuta, Formosa Márcia”, Marcelo Quintanilha disse, emocionado: “Márcia é a história de uma mulher que talvez não tenha tido a oportunidade de viver a sua própria fragilidade”.

O apresentador Tiago Leifert falou muito sobre como o universo dos games é diferente hoje. “Jogar videogame dá dinheiro sim, é profissão.” 

Os destaques na categoria foram Gustavo “Sacy” como melhor pro-player masculino e Natália “Daiki” Vilela como melhor pro-player feminina, que comentou sobre o espaço que as mulheres estão conseguindo nesse meio. 

O bloco de Cinema contou ainda com o quadro “In Memorian” e entrega do prêmio Fandom do Ano que ficou com Carla Diaz. A atriz falou da importância de se cuidar e fez um alerta sobre o câncer de rosto e pescoço.

As escolhas na categoria mostraram que os jurados da CCXP Awards mostra que eles compartilham do inconformismo político. Seu Jorge levou o prêmio de Melhor Ator em filme por Marighella”, dirigido por Wagner Moura. 

Já o prêmio de Melhor Direção em Filme ficou para Anna Muylaert e Lô Politi por “Alvorada”, sobre a ex-presidente Dilma Rousseff. 

Renata Carvalho ficou com o prêmio de Melhor Atriz em Filme por “Vento Seco”.

O Melhor Filme Nacional eleito foi “A Última Floresta”, de Luiz Bolognesi, que mandou uma mensagem lida por Laís Bodansky. “Viva os povos originários, fora Bolsonaro”, encerrou a nota. O filme também levou o prêmio Grand Prix, ou seja, foi o que mais se destacou na votação. Antes do final da cerimônia, Marcelo Forlani e Ivan Reis falaram sobre o Hall da Fama da CCXP Awards, que prestará homenagens anuais a grandes nomes do entretenimento brasileiro.

Agora é esperar dezembro, quando acontece a CCXP 2022 que volta ao formato presencial depois de dois anos.

Marcelo Forlani e Ivan Reis falam sobre o Hall da Fama da CCXP Awards (Reprodução YouTube)

Lista de vencedores da primeira CCXP Awards

Melhor streamer masculino
Casimiro

Melhor streamer feminina
Sher Machado

Melhor ator em série
Christian Malheiros (Sintonia)

Melhor atriz em série
Liniker (Manhãs de Setembro)

Melhor série brasileira
Sob Pressão (Globoplay)

Melhor série global
Succession (HBO)

Melhor ficção em literatura
O Serviço de Entregas Monstruosas, de Jim Anotsu

Melhor não-ficção em literatura
Elke: Mulher-Maravilha, de Chico Felitti

Melhor streamer masculino
Casimiro

Melhor streamer feminina
Sher Machado

Melhor podcast
Mano a Mano

Melhor mesacast
PODPAH

Melhor canal criador de conteúdo
Carol Moreira

Melhor canal criador revelação
Raphael Vicente

Melhor quadrinho
Arlindo, de Ilustralu (Luiza de Souza)

Melhor álbum em quadrinhos
Brega Story, de Gidalti Jr.

Melhor quadrinista
Marcello Quintanilha, por Escuta, Formosa Márcia

Melhor quadrinista
Marcello Quintanilha, por Escuta, Formosa Márcia

Melhor quadrinho
Arlindo, de Ilustralu (Luiza de Souza)

Melhor tira e web tira
Manual do Minotauro, de Laerte

Melhor arte-finalista
Orlandeli, por Chico Bento – Verdade

Melhor colorista
Guilherme Petreca, por Shamisen: Canções do Mundo Flutuante

Melhor desenhista
Shiko, por Carniça e a Blindagem Mística – Parte Dois: A Tutela do Oculto

Melhor roteirista em quadrinhos
Gabriel Nascimento, por A Menor Distância Entre Dois Pontos é Uma Fuga

Melhor game nacional
UNSIGHTED (Studio Pixel Punk)

Melhor game Mobile
League of Legends: Wild Rift

Melhor game global
It Takes Two

Melhor pro-player masculino
Gustavo “Sacy”

Melhor pro-player feminina
Natália “Daiki” Vilela

Melhor ORG
Fúria

Melhor game Mobile
League of Legends: Wild Rift

Melhor game global
It Takes Two

Melhor game competitivo
Valorant

Melhor ator em filme
Seu Jorge (Marighella)

Melhor atriz em filme
Renata Carvalho (Vento Seco)

Melhor direção em filme
Anna Muylaert e Lô Politi (Alvorada)

Melhor filme nacional
A Última Floresta, de Luiz Bolognesi

Melhor filme global
Judas e o Messias Negro, de Shaka King

Colaborou: Cláudia Salgado (Máquina Pop)

Deixe um comentário