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Placebo volta ao Brasil para apresentação única em São Paulo no domingo; saiba mais sobre a trajetória da banda que celebra 30 anos

O aguardado retorno da banda britânica Placebo ao Brasil está próximo. A banda esteve no país pela primeira vez em 2005 passando por cidades como Brasília (DF) e Campinas (SP) e retornou em 2011 passando pela capital mineira, Belo Horizonte. Em 2024 eles fazem uma apresentação única no país, no Espaço Unimed no domingo (17) com abertura do duo britânico Big Special.

Formada em 1994 na Inglaterra, o Placebo passou por diferentes formações, ou melhor, teve alguns bateristas sendo Steve Hewitt o mais marcante. Atualmente, acompanham o vocalista e guitarrista Brian Molko e o baixista Stefan Olsdal o baterista Matt Lunn. No Brasil, vieram com Hewitt e Steve Forrest. Ao longo dos anos, não mexeram muito no time que acompanha o trio ao vivo. São recorrentes nas turnês o tecladista Bill Lloyd, o guitarrista e tecladista e backing vocal Nick Gavrilovic e a violinista, tecladista e percussionista Angela Chan.

O Placebo pode até não ter ganhado um Grammy, ou ter o vocalista mais simpático, mas conquistaram com mérito o posto de headliners em festivais como Glastonbury, Reading, Leeds, Download, Lollapalooza, entre outros gigantes.

Depois de quase dez anos, em 2022 eles presentearam os fãs com um novo álbum de estúdio, o oitavo da carreira. “Never Let Me Go” saiu no momento certo e pode ser ouvido da primeira a última faixa como o Placebo em sua essência rock and roll permeada por sintetizadores na mistura que muitas vezes os colocou dentro da categoria de rock alternativo. Entre os destaques, “Happy Birthday in the Sky”, “Try Better Next Time”, entre outras que vão agradar de acordo com o momento do ouvinte. “Fix Yourself” é um desses momentos para lembrar o quanto é importante não se deixar influenciar pelo outro para direcionar sua vida ou seus pensamentos.

Em entrevista ao “The Guardian”, o vocalista Brian Molko contou que “Never Let Me Go” começou a emergir durante a turnê de 20 anos do primeiro álbum, “Placebo”, e traz temáticas como desigualdades extremas, mudanças climáticas, uma sociedade sob vigilância constante, mas sem a tentar dar uma resposta para tudo. “Para mim, é sobre não existir no problema e tentar viver na solução. Eu queria expressar algo visceral, muito humano. Só espero que outras pessoas entendam e que isso as mova”, disse Molko a Sasha Geffer.

E o músico fala ainda ao “The Guardian” sobre suas expectativas com o álbum: “Espero ter sido um pouco corajoso com este disco para que possa inspirar coragem nos outros. Isso pode ajudá-los a defender o que acreditam. Só isso. Foi isso que a música fez por mim”. Confira entrevista completa, em inglês, aqui.

Sem Premium!

O Placebo deve ter ganhado alguns pontos a mais com os fãs brasileiros ao solicitar à produção local do show, que é da Mercury Concerts não colocar pista premium. A pista comum inteira sai por R$ 500 (sem taxa de conveniência) abaixo do que shows desse padrão costumam custar para ver a banda de pertinho. Só tem que chegar num bom horário para pegar o almejado gargarejo sem comprometer o orçamento do ano.

Ao longo de seus oito álbuns o Placebo trabalha na sonoridade e nas letras as angústias que vão além daquelas que nos assombram na adolescência. A banda amadurece a cada lançamento e ao vivo, entrega a qualidade que ouvimos nos álbuns de estúdio.

“Try Better Next Time” ao vivo no México (Reprodução YouTube)

Depois de uma série de shows intimistas no final do ano passado eles iniciaram uma turnê internacional mostrando o comprometimento, primeiramente, com a própria música e o resto é consequência. Aqueles refrãos que não saem da nossa cabeça e fazem com que o ouvinte se apaixone pela música à primeira audição continuam, vide “Wake up, wake up, try better next time/ wake up, wake up, cry better next time” (Try Better Next Time”). E as músicas do novo álbum provavelmente vão funcionar como um novelo de linha que você vai querer puxar e quando perceber estará de volta em 1996 cantando “Since I was born I started to decay/ Now nothing ever, ever goes my way” (“Teenage Angst”).

Depois de tantos anos longe dos palcos brasileiros, resta saber se nesta única apresentação o Placebo incluirá grandes sucessos dos álbuns anteriores para que os fãs possam contemplar o presente voltando um pouquinho na própria história por meio da trilha sonora proporcionada pela banda.

SERVIÇO

O QUE: Placebo
QUANDO: Domingo, 24 de março
HORÁRIO: 20h (18h50 abertura com Big Special)
LOCAL: Espaço Unimed (SP)
INGRESSOS: a partir de R$ 250 à venda pelo Ticket360 (com taxa de conveniência) ou na bilheteria do Espaço Unimed (de segunda a sábado das 10h às 19h)
CLASSIFICAÇÃO: 18 anos

DISCOGRAFIA

“Placebo” (1996)
“Without You I’m Nothing” (1998)
“Black Market Music” (2000)
“Sleeping with Ghosts” (2003)
“Meds” (2006)
“Battle for the Sun” (2009)
“Loud Like Love” (2013)
“Never Let Me Go” (2022)

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