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Jimi Hendrix em imagem reproduzida do livro

Nova biografia de Jimi Hendrix chega as livrarias escrita pelo jornalista Charles R. Cross

Se estivesse vivo, em 27 de novembro Jimi Hendrix completaria 80 anos. Para marcar a data, uma nova biografia de um dos maiores guitarristas da história chega às livrarias. O autor do livro é o jornalista norte-americano Charles R. Cross, conhecido por textos concisos, bem apurados e marcantes, como fez com as biografias de Kurt Cobain e Bruce Springsteen, entre outros. Agora, em “Jimi Hendrix: Uma Sala cheia de Espelhos” (Ed. Cultrix, 464 págs., R$ 72,90), Cross busca preencher uma lacuna da biografia do guitarrista.

James Marshall Hendrix (1942-1970) morreu aos 27 anos em um quarto de hotel. Apesar de uma vida breve, o músico alcançou a eternidade graças a um talento inigualável, claro, com muitas polêmicas no meio disso tudo. No material de divulgação enviado à imprensa consta que nesta biografia, Cross pinta um profundo e fascinante retrato desse gênio da música que conseguiu sair da pobreza para o sucesso, colocar fogo no mundo do rock e inadvertidamente pôr fim em seu próprio talento. Traz de forma crua a imagem quase sobrenatural de um homem que estava destinado a ser um astro.

Capa da biografia de Jimi Hendrix que chega às livrarias neste mês (Reprodução)

Uma referência à música “Room Full of Mirrors”, composta em 1968, o título do livro já é uma provocação ao que será desvendado pelo autor e mostra a múltipla personalidade do artista. A canção, que nunca foi lançada oficialmente durante a vida de Hendrix, conta a história de um homem aprisionado em um mundo de reflexos de si mesmo, tão poderoso que o persegue até nos sonhos. Ele se solta ao estilhaçar os espelhos e, ferido pelos cacos de vidro, busca um “anjo” que possa libertá-lo.

Em visita ao pai de Jimi Hendrix, Al, nos anos 2000, o biógrafo de Hendrix viu uma peça de arte, criada pelo músico em 1969, que consistia em uma moldura com 50 pedaços de um espelho estilhaçado, engastados em argila, na exata posição que teriam ocupado quando o espelho foi partido. Al Hendrix apontou que “essa era a Sala Cheia de Espelhos de Jimi”. 

Tendo em mãos a manifestação física desse conceito, é impossível não pensar na profunda complexidade do homem que criou essa música

Charles R. Cross

Essa frase está na apresentação da biografia, fruto de uma pesquisa profunda que envolveu, inclusive, a redescoberta do túmulo da mãe de Jimi Hendrix, Lucille Hendrix Mitchell, pelo autor, quando ao lado de um coveiro vasculhou as alas de lápides em ruínas em Greenwood Memorial Park, nos Estados Unidos.

“Jimi Hendrix: Uma Sala cheia de Espelhos” inclui informações de um ponto de vista até então inédito: a verdade sobre sua saída do serviço militar, um relato alucinante de Woodstock e os detalhes de seus muitos, muitos amores.

Essas e outras curiosidades sobre a vida privada de Hendrix, numa grande reportagem investigativa formatada em livro, que homenageia esse grande ícone da música do século 20.

SOBRE O AUTOR

O jornalista Charles R. Cross (Divulgação)

Charles R. Cross é autor do best-seller do New York Times, “Mais Pesado Que o Céu: Uma Biografia de Kurt Cobain”, e das biografias “Led Zeppelin: Heaven and Hell”; “Backstreets: Springsteen, the Man and his Music” e “Here We Are Now: The Lasting Impact of Kurt Cobain”. Foi editor da The Rocket, revista sobre música e entretenimento dos Estados Unidos, de 1986 a 2000, a primeira publicação da história a dar uma capa para o Nirvana. Mora próximo a Seattle e é colaborador de diversos jornais e revistas.

Jimi Hendrix canta “Purple Haze” no Atlanta Pop Festival (Reprodução YouTube)

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