Luciana Arslan propõe uma imersão em “Banho de Floresta” no sábado, em Araguari
Quais os seus planos para sábado de manhã? Já pensou em colocar entre eles um “Banho de Floresta”? Se estiver em Uberlândia ou Araguari essa aventura é possível, basta disponibilidade para pular cedo da cama e dar tchau para a preguiça.
Quem poderá te guiar nesta experiência é a professora, bailarina, pesquisadora e performer Luciana Arslan, a partir das 10h, na Mata do Desamparo, no Parque Municipal de Araguari, que passou por uma recente revitalização.
O termo banho de floresta surgiu no Japão na década de 1980, e faz referência a um exercício fisiológico e psicológico chamado “shinrin-yoku“.
Para os japoneses, essa prática é uma forma de cada um buscar atenção plena e também uma estratégia para minimizar o esgotamento causado pelo uso e contato excessivo com os aparatos tecnológicos/eletrônicos como smartphones, telas de TV, computadores.
Desde a década de 1990 os pesquisadores começaram a estudar os benefícios fisiológicos dessa imersão na natureza. Segundo Luciana, o encontro é voltado, principalmente, para jovens e adultos e terá foco na educação dos sentidos, ou estesia.
“A ideia é promover nos participantes uma conexão com o que está ao seu redor, através de uma prática mediada a partir do estudo da literatura sobre o shinrin-yoku”, explicou.
E para participar não tem segredo: basta comparecer ao local com 10 minutos de antecedência e haverá emissão de certificado. A ação faz parte do Programa SOMA: Ações Transdisciplinares, que faz parte dos projetos de extensão da Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
SERVIÇO
O QUE: Banho de Floresta
QUANDO: sábado (13)
HORÁRIO: 10h
ONDE: Parque Municipal de Araguari / Sede da Secretaria do Meio Ambiente: Rua Professor João Batista da Costa, 100
INFORMAÇÕES: 34-99889-1972
ENTRADA FRANCA
Emissão de Certificados
O CORPO COMO INESGOTÁVEL FONTE DE APRENDIZADO
Nascida em São Paulo, Luciana Arslan é professora do Programa de Pós-Graduação e da Graduação em Artes do Instituto de Arte da Universidade Federal de Uberlândia. Tem concentrado seus estudos na área da Somaestética. É membro do grupo de pesquisa NEID e coordena o grupo de pesquisa SOMA – Ações transdisciplinares.
É pesquisadora, autora de livros publicados pela Editora Moderna e Thomson Learning. Graduada em Artes Visuais, tem mestrado na Universidade Estadual Paulista (Unesp), doutorado na Universidade de São Paulo (USP). Foi contemplada com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para realizar pesquisa pós-doutoral no Center for Body, Mind and Culture na Florida Atlantic University, e com bolsa Santander para sua pesquisa doutoral na Universitat de Barcelona.
Foi por meio da dança que ela passou a se reconhecer mais enquanto docente e enquanto discente. Por meio de práticas corporais e muita observação, tornou-se uma professora melhor, uma aluna melhor e uma pesquisadora inquieta e questionadora sobre como os nossos sentidos são ignorados no dia a dia dessa relação que permeia boa parte das vidas de professores e alunos.
No ano passado lançou o livro “CORPO (sentido): corporeidade e estesia nos processos de ensino-aprendizagem” (Regência e Arte Editora) ela traz mais perguntas do que respostas. Com base em suas pesquisas, laboratórios e experiência com seus professores e alunos, dentro e fora do ambiente das universidades, a autora seleciona práticas relacionadas à dança e consciência corporal que ajudam a professores e alunos de cursos de licenciatura a saírem do modo automático e a levarem mais atenção e inspiração para suas turmas.
Graças ao incentivo do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PMIC) da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Uberlândia e da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), o livro tem distribuição gratuita pela internet e traz valiosas lições, por meio de uma escrita sincera, que valoriza tanto erros quanto acertos, para aqueles que estão dispostos a deixar de ignorar os próprios sentimentos, o próprio corpo, em nome de um emaranhado de regras.
Luciana é uma artista do corpo, sua principal fonte de pesquisa. O livro surgiu numa pesquisa iniciada em 2014 no Body, Mind and Cultural Center (Florida Atlantic University), criado pelo filósofo Richard Shusterman, ajuda a comunidade escolar a refletir sobre como a escola pode ensinar os alunos a sentirem melhor suas vidas. Nos espaços de ensino – sejam eles virtuais, remotos, híbridos ou presenciais, é essencial valorizar a capacidade de sentir.
Luciana Arslan valoriza neste trabalho o improviso, não de forma pejorativa, mas de uma maneira em que o ensino horizontal, a troca entre docente e discente, traz propostas para uma vivência melhor em sala de aula, que se desprende um pouco do planejamento deixando fluir o prazer de um aprendizado compartilhado e mais livre.
Para fazer o download ou ler agora “CORPO (sentido): corporeidade e estesia nos processos de ensino-aprendizagem” clique aqui.