As artes e culturas de Uberlândia em diferentes vozes estão em série documental com 10 episódios
As artes e as culturas que moldam um povo, uma cidade e um país, são plurais. Por isso faz-se necessário e importante se atentar para as particularidades do ponto de vista de cada um, do seu jeito de ver, de viver, de contar suas experiências e influências ancestrais. O projeto audiovisual “Vivendo e Aprendendo Uberlândia”, iniciativa da ONG Associação de Cultura e Cidadania Pérola Negra (Accipen), destaca os saberes e fazeres de pessoas que atuam em frentes de resistências em diferentes segmentos artísticos e culturais de Uberlândia.
Essa é a segunda série de documentários da ONG que atua há 20 anos em Uberlândia e traz os depoimentos de personalidades que estão em diferentes segmentos da cultura popular e de tradições ancestrais afro-brasileiras e indígenas (Confira lista abaixo).
A primeira temporada contou com 16 episódios e a segunda série de depoimentos traz 10 novos entrevistados. Essa nova temporada já começou a ser disponibilizados no canal da Accipen no YouTube. Foram convidadas personalidades artísticas que por meio de suas experiências de vida contribuem, motivam e inspiram outras pessoas a propagarem a cultura ancestral em nosso cotidiano.
“Disponibilizar as obras e atividades gratuitamente é uma forma da ONG levar esses conhecimentos tão únicos para mais pessoas”, disse Andréa Bonifácio Camilo Borges, presidente da Accipen.
Oficina e Exposição
Viabilizado pelo Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PMIC), o projeto “Vivendo e Aprendendo Uberlândia” terá ainda dois desdobramentos com atividades gratuitas. A primeira é a oficina de “Fotografias com Celular”, que aconteceu neste mês com todas as vagas disponibilizadas preenchidas. A segunda é a exposição fotográfica “Um Olhar Através de Câmeras de Celulares“, de 15 e 19 de julho, compostas por imagens registradas durante a oficina. Tanto a oficina quanto a exposição acontecem na Oficina Cultural de Uberlândia.
“Queremos mostrar a sensibilidade e criatividade dos participantes. Cada imagem conta uma história única, pois retrata vários espaços significativos da jornada da Oficina Cultural”, afirma Luciano Dias dos Santos, ministrante da oficina e diretor cinematográfico do projeto.
ENTREVISTADOS DA 2ª EDIÇÃO DO PROJETO “VIVENDO E APRENDENDO UBERLÂNDIA”
NO AR
Claiton Rocha Santos (Kakko): Faz um trabalho de resistência artístico e cultural através do graffite na cidade e na região, e vem conseguindo seu espaço. É presidente da Cufa Uberlândia realizando ações nos âmbitos político, social, esportivo e cultural há 20 anos no Brasil.
Marisa Aparecida dos Santos: Presidente do Grupo de União e Consciência Negra de Uberlândia (Grucon).
Mestre Gnomo: Faz um trabalho de resistência e cultural com a capoeira, conquistando espaço dentro de Uberlândia ministrando aulas para um público de todas as idades.
Pedro Ivo de Oliveira: Conhecido artisticamente com DJ Oliver Soul. Traz em sua identidade musical referências do Afrobeat e da Black Music.
Wander Rodrigues: Referência no ensino e prática da dança de salão, atuante em Uberlândia há mais de duas décadas.
EM BREVE
Antonio Carlos Silva Sacco: Defensor da cultura, criador do projeto que resgata grandes músicas dos antigos carnavais, músico, professor e colecionador de grandes clássicos de vinil.
Ivy Anne Santos: Musicista, flautista da Banda Municipal de Uberlândia, produtora cultural e atual vice-diretora do Conservatório Estadual de Música Cora Pavan Capparelli.
Leticia Viana: Realiza um trabalho de resistência e cultura gastronômica, conquistando espaço dentro de uma cidade mineira vendendo comida baiana.
Silvio Expedito Cardoso: Conhecido como seu Ditão, trabalha no acolhimento de pessoas em situação de rua proporcionando a estas pessoas uma qualidade de vida incluindo cultura e lazer.
Washington Luiz Afonso: Diretor de bateria em escola de samba Garotos do Samba e integrante do Moçambique Filhos da Luz.